Preço do boi gordo dispara, e carne vai ficar ainda mais cara na mesa do brasileiro

 

 

Foto: Jonne Roriz/Bloomberg

Um salto no valor do boi gordo promete deixar o fim de ano mais salgado para os consumidores brasileiros, o que complica o trabalho de um Banco Central que tem elevado os juros na contramão do mundo para tentar domar a inflação.
O preço da carne deve subir pelo menos 7,9% no último trimestre desse ano, a maior alta para o período desde 2020, segundo a LCA Consultores. A carne bovina emergiu como uma grande preocupação, com frigoríficos como a JBS enfrentando o maior aumento nos custos do gado em quase três décadas.
O aumento se soma aos desafios enfrentados pelo Banco Central para controlar a inflação, que aumentou os juros pela segunda reunião consecutiva na última quarta-feira, elevando a Taxa Selic para 11,25%. A carne bovina, parte fundamental da dieta dos brasileiros, tende a influenciar os preços de outras proteínas animais, como carne suína e frango.

É também um item politicamente sensível para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez da redução do preço da carne, mais especificamente da picanha, uma promessa fundamental na sua campanha eleitoral de 2022.

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“A proteína é o que dita o IPCA de alimentos no Brasil porque o resto é muito volátil”, disse Andrea Angelo, estrategista de inflação da Warren Rena. Angelo espera que os preços da carne bovina subam 8% este ano, o dobro do que ela projetava há apenas alguns meses, e outros quase 14% em 2025.

A demanda por carne normalmente aumenta no fim do ano, quando muitos trabalhadores recebem o décimo terceiro salário, crianças saem de férias e as famílias e amigos se reúnem para comemorar o Natal e o Ano Novo.
//O Globo

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