Chapada Diamantina tem 11 marcas de café entre as 30 melhores do Brasil

 

Onze marcas de café baianas, produzidas na Chapada Diamantina, estão na lista dos 30 melhores cafés do Brasil, feita pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE).
A posição de destaque da região na Cup of Excellence, o “Oscar” dos cafés especiais, se dá, entre outras coisas, pela altitude e clima favorável do município de Piatã, de onde todas são. Além disso, o mercado vem aprimorando técnicas e alcançando excelência.
A Fazenda Tijuco está entre as que mais se destacam, sendo tetracampeã da competição, com o melhor café nos anos de 2009, 2014, 2015 e 2022. O Sítio Bonilha levou o 2º lugar na última edição. São listados ainda os cafés da Fazenda Gerais, Fazenda Divino Espirito Santo, Sítio São Sebastião, Sítio Entre Vales, Córrego Seco, Fazenda Capão, Fazenda Cerca de Pedras São Benedito, Fazenda Ouro Verde e da Fazenda Campo Alegre.

“Os cafés baianos têm sido cada vez mais procurados nacional e internacionalmente, com resultados de destaque nos últimos concursos realizados no país. Já somos valorizados lá fora, mas na maior parte vendemos a matéria-prima. Agora precisamos nos valorizar, aumentando nosso consumo de café especial torrado, pois assim os produtores têm condições de agregar ainda mais valor ao que produzem”, opina Otto Maia, curador da Feira Baiana de Cafés Especiais, que acontece no próximo dia 20 de maio, em entrevista ao jornal Correio.
O café especial é aquele que atinge, pelo menos, 80 pontos na escala de pontuação da Metodologia de Avaliação Sensorial da SCA (Specialty Coffee Association), que vai até 100. Nessa avaliação contam atributos como a fragrância/aroma, uniformidade, ausência de defeitos, doçura, sabor, acidez, corpo, finalização e harmonia.

“Começamos a focar mesmo. Encontrar pessoas renomadas, agrônomos, técnicos e toda coisa começou a acontecer em Piatã. O pioneirismo mesmo. As variedades que temos hoje é resultado de muita pesquisa e persistência. Descobrimos nossa técnica, o nosso jeito de fazer. Quem colocou a Bahia no cenário de cafés especiais foram os pequenos produtores de Piatã. Uma luta árdua nossa”, destaca Michael Freitas de Alcantara, proprietário da Fazenda Divino Espírito Santo. 

Atualmente, a Bahia está entre os quatro maiores produtores do Brasil, com previsão decrescimento de 0,6%, na safra de 2023, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Nos últimos oito anos, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e do Projeto Bahia Produtiva, o estado já investiu mais de R$ 31,7 milhões no sistema produtivo do café, de acordo com números da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). 
//Alô alô Bahia

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