Moradores se queixam do barulho das turbinas eólicas na zona rural de Gentio do Ouro (BA)

 

 

Foto: Reprodução redes sociais

Morar perto de turbinas eólicas virou um problema de saúde, é o que aponta uma pesquisa da Universidade de Pernambuco (UPE), com participação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que mais de 70% das pessoas que moram ao lado dos aerogeradores têm depressão, estresse e ansiedade.

Moradores da comunidade de Barriguda, no município de Gentio do Ouro, na região de Irecê — no centro-norte baiano, que convivem dia e noite com as torres que geram energia a partir do vento, relatam sobre incômodo causado pelo ruído gerado pelas turbinas eólicas. 

A comunidade está localizada no entorno de um parque eólico, o som constante e alto das hélices, tem afetado a qualidade de vida de moradores, principalmente em residências que não possuem forro no teto — e têm causando insônia e dores de cabeça.

— Essas torres incomodam o dia inteiro, mas na parte da noite, principalmente na madrugada, quando o vento é mais forte, é quase impossível alguém conseguir dormir — relatou uma moradora.
A moradora relembrou que o parque eólico foi prometido como uma oportunidade de renda e desenvolvimento, mas segundo ela, até o presente, só tem gerado “prejuízos e problemas para os moradores”.

O conjunto eólico Serra do Assuruá, instalado na comunidade de Barriguda — pertence a empresa ENGIE Brasil. A fase de implantação do parque começou em março de 2023.

O QUE DIZ A ENGIE

O Conjunto Eólico Serra do Assuruá informa que está adotando todas as medidas necessárias em resposta às reclamações sobre ruídos gerados pelos aerogeradores em operação no município de Gentio do Ouro (BA). Toda reclamação é verificada e avaliada por equipes multidisciplinares, sempre com atendimento personalizado a cada reclamante. Essas ações, previstas no Programa de Monitoramento de Ruídos do projeto, estão em conformidade com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) do Estado da Bahia.

No caso da comunidade de Barriguda, ao receber reclamações via ouvidoria, a Companhia realizou diversas campanhas de medição dos ruídos diurnas e noturnas no local com pelo menos quatro medições em cada casa para contemplar as variações de intensidade dos ventos. A avaliação considerou a velocidade do vento na altura do aerogerador mais próximo, para garantir que as medições fossem realizadas com ventos fortes. Os estudos realizados concluíram que o nível de ruído está em conformidade com os limites estabelecidos pela legislação municipal e pelas normas técnicas da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 10.151 e NBR 10.152, que tratam de medição e avaliação de níveis de ruído no país e estão estabelecidas como referência na legislação municipal.

O Conjunto Eólico Serra do Assuruá ressalta que o monitoramento de ruídos continuará a ser realizado através de um programa específico. Caso for comprovado que o nível de decibéis ultrapassa o previsto na legislação vigente, serão definidas ações específicas conforme cada caso. Há exemplos de melhorias acústicas já realizadas pela companhia em residências de comunidades vizinhas para garantir o conforto necessário aos moradores, além de outras que estão em andamento.

A ENGIE Brasil Energia, responsável pelo Conjunto Eólico Serra do Assuruá, reafirma seu compromisso com o bem-estar da população, e destaca que, ao longo da implantação do ativo, foram investidos cerca R$ 8,5 milhões em iniciativas socioambientais voluntárias que beneficiam diretamente os moradores de Gentio do Ouro e região. Entre elas estão projetos focados em inclusão social, qualificação e geração de renda, meio ambiente, fomento à arte e cultura, infraestrutura comunitária, ações educacionais, e iniciativas de desenvolvimento econômico e melhoria das condições de vida das comunidades.

O Conjunto Eólico Serra do Assuruá mantém seus canais de comunicação abertos para o diálogo com a comunidade e permanece à disposição para dúvidas.Ouvidoria do empreendimento: (74) 98107 4026 | ouvidoria.assurua@engie.com
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