Foto: Divulgação Brazil Iron |
Colegiado formado por poder público e sociedade civil completa três anos, e se consolida como referência em diálogo, fiscalização e construção coletiva no território
Piatã, 18 de junho de 2025 – Criada há três anos pela Brazil Iron, a Comissão de Acompanhamento do Empreendimento (CAE) tornou-se referência em participação social e governança autônoma no setor mineral. Iniciada no município de Piatã e atualmente também presente em Abaíra, na Chapada Diamantina, Bahia, a comissão funciona como um espaço legítimo de escuta, diálogo e fiscalização permanente por parte da sociedade. Seu diferencial está na autonomia efetiva: o colegiado define, de forma soberana, sua própria composição e funcionamento, com base em critérios técnicos e decisões coletivas — reforçando o compromisso da empresa com os pilares ESG (Ambiental, Social e Governança, na sigla em inglês) e com a construção de uma relação transparente com as comunidades do território.
A CAE atua como um elo estratégico entre empresa, comunidades e poder público, reunindo representantes da sociedade civil organizada, de órgãos municipais, estaduais e federais, além de instituições com papel relevante no território. Todas as decisões — desde a inclusão de novos membros até a agenda de trabalho — são tomadas de maneira democrática, com votação em reunião aberta e registrada em ata. Qualquer nova entidade que deseje ingressar precisa submeter um pedido formal e passar pela deliberação do grupo.
De acordo com Rafael Genú, gerente de Meio Ambiente, Fundiário e Relacionamento com Comunidades da Brazil Iron, a Comissão tem se consolidado como um espaço de construção mútua, onde o diálogo é pautado pela transparência e pelo equilíbrio. “Esse formato tem garantido a manutenção de um debate qualificado, com foco em impactos reais, soluções práticas e escuta ativa — não apenas da comunidade, mas também da própria empresa. A CAE proporciona uma via de mão dupla: é um espaço onde a empresa pode ser ouvida, compreendida e acompanhada de perto, ao mesmo tempo em que escuta, responde e constrói junto com a sociedade. É uma balança de equilíbrio entre as duas partes, que fortalece a transparência e o propósito do projeto.”
Para a companhia, a CAE representa um compromisso com a licença social para operar, indo além das exigências legais ao fortalecer a transparência, o engajamento e a construção de vínculos duradouros.
“Comissão tem sido um canal direto de solução”
Maura Santos é representante da comunidade dos Pequenos Produtores do Tijuco Capão, participa da CAE desde a assembleia de criação e ressalta a transformação que a comissão proporcionou no relacionamento entre empresa e moradores. “Participo da CAE desde a assembleia de criação. Estive em quase todas as reuniões e, mesmo agora, quando nem sempre consigo estar presente, sigo acompanhando de perto”, afirma.
Segundo Maura, antes da criação da CAE, havia muitas desconfianças e boatos circulando. Ela pontua que a comissão trouxe clareza e segurança. “As demandas da comunidade são levadas à comissão, onde as dúvidas são esclarecidas e as questões encaminhadas, proporcionando um canal direto de comunicação e solução.”
“Vi que [o projeto] era completamente diferente do que eu imaginava. Eles explicaram tudo, até sobre a análise da água, e isso trouxe mais segurança para nós. Gosto muito de participar. Só deixo de ir quando realmente não posso — e, quando não vou, sinto falta”, avalia.
“Espaço de escuta, fiscalização e confiança”
Cinthia Ribeiro Novais, representante da Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Turismo de Abaíra, também integra a CAE desde sua criação e vê o espaço como essencial para garantir a transparência das ações da mineradora.
“Faço parte da Comissão de Acompanhamento do Empreendimento (CAE) de Abaíra desde a sua criação, representando a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Como técnica ambiental e também como cidadã, vejo a CAE como um espaço democrático de diálogo e fiscalização, onde a população pode tirar dúvidas, esclarecer informações e desconstruir boatos que ainda rondam a mineração por conta de experiências negativas com outras empresas no passado. A atuação transparente da empresa, acompanhada de perto pela comissão, tem ajudado a construir uma relação de confiança e parceria com as comunidades”, afirma.
CAE tem autonomia real e poder de veto
A autonomia da CAE já foi colocada em prática em momentos cruciais, como quando o grupo recusou a entrada de entidades sem relação direta com o projeto, por entender que essas adesões poderiam desviar o foco do grupo. Mesmo convites sugeridos pela Brazil Iron só são validados se aprovados em plenária. Foi o que aconteceu após mudanças recentes na gestão municipal: os próprios membros da comissão decidiram, por consenso, quais secretarias da nova administração deveriam integrar a CAE.
Ao estabelecer regras claras, colegiado soberano e escuta qualificada, a Brazil Iron consolida um modelo de governança participativa que reforça seu papel como agente de desenvolvimento sustentável no território.
A empresa reafirma, com a existência e fortalecimento da CAE, que transparência, diálogo e respeito à comunidade não são obrigações legais, mas valores estruturantes do Projeto Ferro Verde.
Relações mais equilibradas
Para o prefeito de Piatã, Marcos Paulo, o espaço de escuta proporcionado pela CAE é fundamental para o fortalecimento do diálogo entre todos os envolvidos.
“A CAE tem sido importante para promover o entendimento entre as partes e garantir que o desenvolvimento ocorra de forma responsável e equilibrada para todos”, destacou.
//ASCOM Polly Couto / Brazil Iron