Seabra teve 21 casos de estupros em 2023, Iraquara aparece com 9 casos, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública

 Foto: Reprodução

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Nesse mês de fevereiro, a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia divulgou estatísticas criminais referentes ao ano de 2023 que trazem números alarmantes para algumas cidades da Chapada Diamantina e região, no que diz respeito à violência contra a mulher.  Um dia antes da comemoração do dia internacional da mulher, foi divulgado também o boletim Elas Vivem: Liberdade de Ser e Viver, feito pela Rede de Observatório de Segurança, que monitorou oito estados brasileiros, inclusive a Bahia, e revelou que, no ano passado, a cada 24h, oito mulheres foram vítimas de alguma forma de violência, nesses estados pesquisados.

No recorte específico da região da Chapada Diamantina e adjacências, os números de violência sexual são alarmantes. Em Seabra, o número de casos de estupro chegou a 21, número igual ao da cidade de Irecê, cuja população é aproximadamente o dobro da cidade chapadeira. Em Itaberaba, o número foi de 20 casos.

Uma das cidades mais procuradas pelos turistas que visitam a Chapada é Lençóis, onde o número de estupros em 2023 foi de sete casos, local onde também foram registrados dez casos de crimes violentos letais intencionais, de acordo com as informações da SSP. Em Iraquara, conhecida como a cidade das grutas, foram nove casos, o que a deixa em segundo lugar nessa estatística.

Souto Soares e Piatã registraram sete casos, Barra da Estiva e Utinga, seis ocorrências. O município de Bonito registrou cinco casos de estupro e as cidades de Boninal e Palmeiras tiveram quatro casos. Com o registro de três casos estão Ibitiara, Mucugê e Itaetê e em Iramaia, Ibitiara, Nova Redenção e Abaíra foram 2 ocorrências. Rio de Contas, cidade com pouco mais de 13 mil habitantes, não apresentou nenhum caso e Novo Horizonte registrou uma ocorrência.

Esses dados já apontam a necessidade de políticas públicas de segurança cada vez mais eficazes para proteção das mulheres em relação à qualquer tipo de violência, no entanto, normalmente, os números registrados não refletem a real situação, haja vista que muitas mulheres optam por não denunciar. Dessa forma, isso acende mais um alerta, a necessidade de delegacias especializadas e a importância do acolhimento às vítimas em qualquer unidade policial.
//Blog de Rodriggo Santan

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