Mulher faz reversão de cirurgia bariátrica após chegar aos 36 kg e ter anemia severa; caso é raro

 

Perder 60 quilos em um ano e meio pode ser uma meta para uma pessoa que realiza uma bariátrica, mas para a auxiliar administrativo de Rio Claro (SP) Ana Paula Santana da Cunha, de 42 anos, representa um risco de vida.

Ela emagreceu muito além do esperado, ficou com anemia severa e precisou fazer a reversão da cirurgia. A reversão foi feita em um hospital de São José do Rio Preto, na segunda-feira (11), e Ana Paula passa bem.
A reversão da bariátrica por causa anemia é considerada rara, segundo médico especialista ouvido pelo g1. (veja mais informações abaixo).
Por indicações médicas, Ana Paula realizou a bariátrica em agosto de 2022. Com 1,52 metro de altura e pesando 96 quilos, o Índice de Massa Corpórea (IMC) maior que 40 e os problemas de saúde como pressão alta e lesão no joelho, a capacitaram para fazer a cirurgia.
Ana Paula fez uma bariátrica do tipo bypass gástrico, na qual há o grampeamento do estômago e um desvio do intestino.

Mas ela teve complicações após a cirurgia e passou a não reter os alimentos no estômago, vomitando tudo o que comia. Como resultado, chegou a 36 quilos – menos de 20 quilos do peso ideal – e ficou anêmica.
Com a anemia, que é caracterizada pela baixa da hemoglobina (proteína responsável por transportar o oxigênio nas nossas células), ela passou a precisar de cuidados permanentes. Não conseguia se manter de pé sem ajuda, ficou com problemas na fala e não conseguia escrever o próprio nome. Sua alimentação era à base de suplementos alimentares e vitamínicos e sopas.

Ana Paula da Costa Santana passou da obesidade para anemia extrema após fazer cirurgia barátrica — Foto: Arquivo pessoal

Complicações intestinais
Os problemas começaram três meses após a realização da cirurgia da bariátrica, quando Ana Paula passou da dieta líquida para a ingestão de alimentos sólidos.

“Era como se o meu estômago estivesse cheio, ele fermentava e, enquanto eu não colocava para fora, eu não tinha sossego. Aquilo vinha até em cima e eu colocava para fora, mesmo tomando remédio para enjoo”, conta.

No final de 2022, ela passou por outras três cirurgias para reverter complicações intestinais e uma para desfazer uma obstrução intestinal, mas o problema não foi resolvido.

“Em dez dias eu fiz três cirurgias, mas depois da alta [hospitalar] continuou da mesma maneira, tinha dia que eu conseguia comer algo e tinha dia que eu não conseguia”, contou.

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