Caso Hayra: polícia conclui que adolescente foi morta por criança de 9 anos durante brincadeira

 

 

 

 

A Polícia Civil (PC) da Bahia finalizou o inquérito policial sobre a morte da adolescente cigana Hyara Flor Santos Alves, que aconteceu em julho deste ano em uma comunidade cigana, na cidade de Guarantinga, no sul da Bahia. O caso foi concluído e encaminhado para a Justiça, na quinta-feira (10). O anúncio foi feito nesta sexta-feira (11) pela PC.
De acordo com a investigação, o tiro que matou a adolescente foi disparado de forma acidental pelo cunhado da adolescente, quando a criança, de nove anos, e Hyara brincavam com a arma no quarto dela.
Essa versão já havia sido apontada pelos familiares do companheiro e do cunhado de Hyara. Mas era rechaçada pela família da garota, que apontava que o crime teria ocorrido por vingança, já que um tio de Hyara teria um relacionamento extraconjugal com a sogra da garota.
"O fato que aconteceu foi JD (iniciais do nome da criança), que é meu filho e cunhado de Hyara, brincando com a arma e teve um disparo acidental”, disse Júnior Silva Alves, sogro de Hyara, em um vídeo divulgado no dia 27 de julho.
A sogra de Hyara Flor foi indiciada por homicídio culposo e porte ilegal de arma de fogo, considerando que a pistola utilizada no crime pertencia a ela.
Ainda segundo a Polícia Civil foram analisadas laudos periciais, e 16 pessoas foram ouvidas, entre elas, duas crianças que prestaram depoimento especial com a presença de promotor de Justiça da Promotoria da Infância e da Juventude do Ministério Público da Bahia.
Também foram analisadas imagens de câmera de vigilância do endereço do fato, documentos e mensagens de celular e redes sociais, além de apurações em campo.
Relembre o caso
Hyara Flor, de 14 anos, foi morta após ser baleada no queixo, dentro da casa em que ela vivia com o marido. O crime aconteceu no dia 6 de julho e a adolescente foi socorrida para Hospital Municipal de Guaratinga, mas não resistiu.
Dentro da casa, foi encontrado uma pistola calibre 380, com dois carregadores e munições. Os objetos foram apreendidos e encaminhados à perícia.
A necropsia do corpo provou que o tiro fez com que a garota asfixiasse no próprio sangue, até a morte.
O crime aconteceu apenas 45 dias após o casamento dela com outro adolescente de 14 anos, que também faz parte da comunidade cigana. O jovem está apreendido no Espírito Santo.
//Do g1 Bahia

Postar um comentário

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site (portalinubia.com)

Postagem Anterior Próxima Postagem